segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pior que gastar mal é desviar o que é de todos



Diz-se por ai que o nosso país está como está porque se gastou muito dinheiro em autoestradas e em outras infraestruturas, mas que eu saiba as autoestradas não deixaram de servir o nosso país; elas estão ai para nos servir ainda que muito mal rentabilizadas. Eu, particularmente, gosto muito de as poder utilizar. Sempre detestei ter que demorar 5 ou mais horas para chegar, por exemplo à capital e/ou poder fazer viagens com um grau de insegurança muito acentuado, nas antigas estradas. Como tempo é dinheiro, esta mobilidade, substancialmente mais rápida, também representa dinheiro.
 
Por outros lado, as auto estradas não fugiram o que fugiu do país foi o dinheiro que alguns, de entre eles, alguns políticos, desviaram do BPN. O que foi mal gasto foi o dinheiro que a UE cá colocou durante vários anos, com o intuito de podermos desenvolver o país e coloca-lo ao nível dos outros países europeus. A grande maioria desse dinheiro foi gasto em brutos carros, vivendas ou na compra de montes alentejanos. Foram muitos milhões que desapareceram para parte incerta ou para os bolsos de alguém.
 
Esses, muitos, são os  outros que faltam no cartaz dos intocáveis.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Islândia triplicará seu crescimento em 2012

E SE OS PORTUGUESES ENCONTRASSEM NESTE TEXTO UM EXEMPLO A SEGUIR ?


Um texto que não pude deixar de transcrever neste meu blogue.


Islândia triplicará seu crescimento em 2012 após a prisão de políticos e banqueiros


A Islândia conseguiu acabar com um governo corrupto e parasita. Puniu os responsáveis pela crise financeira, mandando-os para a prisão. Começou a redigir uma nova Constituição feita pelo povo e para o povo. E hoje, graças à mobilização, será o país mais próspero de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida.

É a cidadania islandesa, cuja revolta em 2008 foi silenciada na Eu...ropa pelo temor de que muitos a percebessem. Mas conseguiram, graças à força de toda uma nação, o que começou sendo crise se converteu em oportunidade. Uma oportunidade que os movimentos ao redor do planeta observaram com atenção e estabeleceram como um modelo realista a seguir.

Consideramos que a história da Islândia é uma das melhores noticias dos tempos atuais. Sobretudo depois de saber que segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do norte atlântico, fechará 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro. A tendência ao crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%. Os analistas asseveram que a economia islandesa segue mostrando sintomas de desequilíbrio. E que a incerteza segue presente nos mercados. Porém, voltou a gerar emprego e a dívida pública foi diminuindo de forma palpável.

Este pequeno país do periférico ártico recusou salvar os bancos. Os deixou cair e aplicou a justiça sobre aqueles que tinham provocado certos descalabros e desmandes financeiros. Os matizes da história islandesa dos últimos anos são múltiplos. Apesar de transcender parte dos resultados que todo o movimento social conseguiu, pouco foi falado do esforço que este povo realizou. Dos limites que alcançaram com a crise e das múltiplas batalhas que ainda estão por se resolver.

Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever seu próprio futuro, sem ficar à mercê do que se decida em despachos distantes da realidade do povo.

A revolta islandesa não causou outras vítimas que os políticos e os homens de finanças costumam divulgar. Não derramou nenhuma gota de sangue. Não houve a tão famosa ?Primavera Árabe?. Nem sequer teve rastro na mídia, pois os meios de comunicação passaram por cima na ponta dos pés. Mesmo assim, conseguiram seus objetivos de forma limpa e exemplar.

Hoje, seu caso bem pode ser um caminho ilustrativo para os indignados espanhóis, o movimentos Occupy Wall Street e daqueles que exigem justiça social e justiça econômica em todo o mundo.


scritor:Bateia

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Um génio da politica

O texto que publico aqui neste meu espaço terá sido escrito por João Pinto e Castro. Por que me revejo na grande maioria do que aqui foi escrito, tomei a liberdade de, com a devida vénia, o publicar.

Pedro Passos Coelho prometeu que o ajustamento orçamental se faria sem sacrifício para a classe média, mediante a simples eliminação das gorduras do estado. Prometeu que jamais mexeria nos subsídios de féria e de Natal. Garantiu que, com ele, prontamente melhoraria o rating da república. 

Eleito, prontificou-se a "ir além da troika". Detetou um desvio colossal nas contas do primeiro semestre. Para colmatá-lo, lançou um impostos extraordinário sobre os rendimentos. Logo depois, os trabalhadores ao serviço do estado e das suas empresas viram definitivamente cancelados os 13º e 14º meses. O governo garantiu que estávamos perto do ponto de viragem.
 
Porém, mais uma agência baixou o rating de Portugal. O risco de bancarrota subiu para os 70% e, no mercado secundário, aumentaram em flecha os juros da nossa dívida pública. Nos primeiros dias de Janeiro, veio a público que Gaspar se esquecera de incluir no orçamento de 2012 o pagamento das pensões dos bancários. Esta semana, tivemos a confirmação de que não houve qualquer desvio na despesa pública; inversamente, a receita caiu a pique no final do ano em resultado da recessão induzida pelo ataque ao rendimento disponível dos cidadãos.

Em pouco mais de seis meses, esvaíram-se em fumo todas as delicodoces juras de Passos Coelho. 

Eis a fatura de ir além da troika.

Será Passos Coelho um mentiroso? Não, apenas um tolo facilmente manipulado pela gente determinada que o rodeia.

Sabe-se que foi longamente preparado numa incubadoura controlada por figurões como Ângelo Correia e Ilídio Pinho. Como todas as pessoas incultas, dedica uma fé supersticiosa a gente como Gaspar, munida de diplomas académicos cuja natureza e valor não entende. Imaginamo-lo deslumbrado nos fóruns europeus no meio dos grandes da europa, com os quais pode trocar algumas palavras sobre a chuva que foi encontrar em Bruxelas em comparação com o lindo tempo que faz por cá.

Se amanhã o seu governo cair e Passos seguir rumo a um exílio dourado, não haverá mal. Ele terá conseguido, num brevíssimo período de tempo degradar o estado social, descapitalizar a segurança social, reforçar a precariedade laboral e operar uma significativa descida dos níveis salariais - numa palavra, terá finalmente conseguido cumprir o programa oculto do PSD sem sequer o ter submetido a sufrágio.

Se isto não é um génio, o que será um génio?