quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

APR , uma questão de querer servir


Estou prestes a terminar mais uma das minhas funções ligadas à Radiodifusão Nacional. Cerca de 25 anos depois, vou deixar a direção da Associação Portuguesa de Radiodifusão, a mais importante associação de operadores de rádio em Portugal. Entrei, como suplente em 1997, evolui nas funções como vogal e secretário e termino este último mandato como vice-presidente da direção.

Foi uma honra muito grande ter feito parte desta estrutura de defesa e apoio de todas as rádios de Portugal; foi um privilégio ter partilhado estes 25 anos com grandes dirigentes que muito fizeram e continuam a fazer, para que radiodifusão deixe de ser o parente pobre da comunicação social no nosso país.
Hoje concorreram duas listas às eleições da APR. Uma composta exclusivamente por operadores das rádios locais, lista A e que pretende dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela associação e uma outra, lista B, composta por operadores dos grandes grupos. Tive a honra de fazer parte da mesa de controlo do ato eleitoral, que teve a participação de 140 estações emissoras, a maior participação alguma vez verificada em anteriores atos semelhantes e cujo resultado ditou a eleição da lista A, liderada pelo meu amigo e companheiro destes 25 anos, Luís Mendonça, a quem desejo que continue a lutar por uma melhor radiodifusão em Portugal.
Ao tomar a decisão de abandonar todos os cargos que ocupava nestas lides ligadas à rádio - primeiro ao ter deixado a direção da RCB em 2019, depois o cargo de membro da Comissão de avaliação a atribuição dos incentivos do estado à comunicação social da zona centro, junto da CCDRC, deixarei a direção da APR na próxima semana, quando ocorrer o auto de posse dos novos corpos sociais, ficando a restar a função de Presidente do Conselho Fiscal da Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social, que deverei deixar em meados do próximo mês março.
Será o ponto final de um trajeto, de mais de 35 anos, que me fascinou, que me deixou orgulhoso e muito honrado, de ligação à Radiodifusão.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Última Ação

 

Neste dia 9 de fevereiro, exerci, pela última vez, as funções de comissário de acompanhamento dos incentivos que o estado atribui à comunicação social da zona centro.

Foi a 6ª reunião em que estive em representação da APR- Associação Portuguesa de Radiodifusão, na qual sou dirigente há cerca de 25 anos e, a pedido da ARIC – Associação de Rádios de Inspiração Cristã, a título meramente excecionalmente, também os representei na reunião.

Foi a minha última ação, enquanto membro efetivo da Comissão de Acompanhamento do Regime de Incentivos à Leitura de Publicações Periódicas e dos Incentivos do Estado à Comunicação Social na Região Centro, junto da CCDRC, porque brevemente vou deixar de pertencer à Direção da APR, entidade que me indicou, há seis anos, para exercer esta função.

Enquanto comissário, participei em todas as reuniões que até agora se realizaram na CCDRC em Coimbra, para avaliar e aprovar os incentivos que o estado atribui à comunicação da região centro. Tive o privilégio de privar com pessoas muito qualificadas em representação de várias entidades estatais e da sociedade civil, desde logo, os excelentes e exigentes técnicos da CCDRC, do Ministério das Finanças, do Gabinete do Governo com a pasta da comunicação social, da GEPAC, a entidade que tem a função de pagar os montantes aprovados, da Associação Nacional de Municípios e todas as associações que representam os diferentes setores dos órgãos de comunicação social em Portugal, e de perceber o quão rigorosa e minuciosa é a seleção dos projetos de candidatura, que são escrutinados por distintas entidades, até que obedeçam, por completo, aos critérios previamente definidos e que a Lei confere, até serem aprovados pela Comissão.

Percebi, também, que, ao contrário do que se diz à boca cheia, os dinheiros públicos não são malgastos. Passam por rigoroso escrutínio e crivo muito apartado de muitas e diferentes entidades até saírem dos cofres do Estado.  Se todos os incentivos do estado tiverem este padrão de exigência, na sua atribuição, creio que não haverá  motivos para  questionarem os governos se estão a desbaratar os dinheiros de todos nós.

Foi uma honra e um privilégio, ter pertencido a esta Comissão, em representação da mais importante Associação de Rádios em Portugal, a APR.

JJ Ribeiro