Comunicar com rigor, uma exigência

O acto de comunicar obedece a princípios que são de rigor, isenção, verdade e transparência. Quem contrariar estes princípios está, a nosso ver, a prestar um mau serviço ao público que seria o alvo desse tipo de mensagens.

O mensageiro será sempre considerado como o supremo emissor da verdade do acontecimento, da noticia, do acto. Mas o mensageiro é, também, o primeiro a reconhecer que se não difundir de forma correcta a sua mensagem pode levar a que se desencadeie uma série de acontecimentos, inclusive de pânico, que, muitas vezes, resvalam para situações de difícil retrocesso.

A mais recente doença e-coli é o exemplo daquilo que não devia ter acontecido em termos informativos. Dá-se a noticia de um número significativo de mortes derivados da doença e aponta-se, sem se terem feito as necessárias verificações técnicas, como causa os pepinos de cultura espanhola.

Ora, como já se concluiu, nem os pepinos estavam na origem do vírus da doença nem qualquer outro legume (falou-se também no tomate) se provou poder ser o causador de tal "epidemia".

Conclusão, ninguém mais comeu pepinos, quer tivessem origem nas culturas agrícolas espanholas quer as que se produziram noutros países, inclusive Portugal.

Este alarme resultou em graves prejuízos para os produtores e também para os distribuidores deste tipo de alimentos. A pergunta que se coloca será esta: onde estão os responsáveis e como reparar uma situação destas ?

Como em muitas outras situações semelhantes não haverá culpados e os prejuizos ficam com quem os teve.

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